Embora o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) tenha previsto para ocorrer até esta sexta-feira, dia 12, a definição da oferta de vagas de seu concurso para a área de atendimento (técnico e analista), a Assessoria de Imprensa do ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, informou à FOLHA DIRIGIDA, no último dia 5, que este prazo terá que ser estendido até, provavelmente, o fim deste mês. Com isso, a formalização da autorização do concurso (feita pela presidente Dilma Rousseff, em 20 de julho), por meio de decreto publicado no Diário Oficial da União, deverá ocorrer em setembro. O motivo do atraso não foi informado.
O INSS solicitou ao Ministério do Planejamento (MPOG) o preenchimento de 10 mil vagas, escalonadas até 2014, sendo, pelo menos, 2 mil ainda este ano. Das oportunidades, 8 mil contemplam o cargo de técnico e 2 mil o de analista do seguro social.
Requisitos - O cargo de técnico requer o nível médio (antigo 2º grau), com vencimentos iniciais de R$2.980. Além disso, há uma gratificação de desempenho, que pode elevar a remuneração a R$3.280. Já para analista do seguro social, a exigência é o nível superior, em diversas áreas. A remuneração é de R$4.917. Com a gratificação de desempenho, os ganhos poderão ser elevados a R$5.580.
A novela do concurso do INSS se arrasta há, pelo menos, dois anos, desde que foi anunciado o Plano de Expansão da Rede de Atendimento (PEX) do instituto, que prevê a construção de 720 agências da Previdência Social, em municípios com mais de 20 mil habitantes. O propósito do projeto é a interiorização da rede e a universalização do acesso aos direitos previdenciários, impedindo, assim, que cidadãos residentes longe dos grandes centros tenham que se deslocar enormes distâncias quando necessitarem da Previdência Social.
Como não é possível abrir novas unidades sem ter servidores para trabalhar nelas, a autarquia se viu obrigada a realizar uma nova seleção para prover um grande contingente de servidores. No entanto, como o concurso até hoje não aconteceu, o INSS teve que remanejar profissionais de unidades existentes para as que vinham sendo criadas. Essa medida paliativa vem sofrendo severas críticas, principalmente por parte da Associação Nacional dos Servidores da Previdência Social (Anasps), que alega que, sem contar com as agências do PEX, o INSS tem déficit de mais de 10 mil servidores.
Com a conclusão do plano, a Previdência Social passará estar presente em 1.684 cidades brasileiras, ampliando, assim, o quantitativo de agências de 1.124 para 1.844.
Com o preenchimento das 10 mil vagas, escalonadas até 2014, além de reestruturar o quadro de servidores por conta do PEX e minimizar o déficit de pessoal, o INSS quer estar preparado para repor os aposentados. Até o fim deste ano, 7 mil profissionais terão esse direito.
Em 10/08/2011
Fonte: Folha Dirigida
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