ORATÓRIA PARA PROVAS E CONCURSOS
A oratória é necessária em todos os momentos de nossa vida. Precisamos dela para nos comunicarmos, para nos fazermos compreendidos, para compreender, e para conquistar o coração do amigo, da esposa, do chefe, do subordinado, do concidadão. É através dela, enquanto uma das formas de se comunicar, que alcançamos o outro, o próximo, o alheio, é através dela que cativamos e convencemos.
A oratória, portanto, é uma arte indispensável. Ela existe a cada instante, desde aquele em que somos abordados por um guarda até o momento em que, numa feira, somos levados a comprar ou não uma penca de belas bananas. Com ela podemos ferir e curar, fazer sorrir ou até chorar. Com ela governamos nossa vida e, como disse Disraeli, com ela podemos governar os homens e, conseqüentemente, nações, o mundo, mesmo o destino.
E, mesmo antes de governarmos os outros, as palavras nos permitem o autocontrole e o governo do próprio destino e vontade.
Preciosa em tantos campos, sem dúvida a oratória terá lugar de destaque nos concursos públicos e em provas, não só as orais, mas em todas aquelas onde teremos alguma ocasião de conversar com fiscais, professores, examinadores, etc.
Este capítulo fala um pouco de técnicas gerais de oratória e aborda alguns detalhes específicos para provas e concursos.
A oratória será muito auxiliada pelo raciocínio e criatividade. Além disso, alguns cuidados devem ser tomados quando diante de concursos, de maneira a moldar as vantagens da boa oratória ao fim pretendido.
Por fim, redigir e falar são duas formas de um mesmo fenômeno, que é se comunicar.
A tendência é que se você faz um bem, também faça o outro, desde que tenha certos cuidados e treine.
RECURSOS ÚTEIS NA ORATÓRIA EM CONCURSOS
1. Seja claro, responda à pergunta formulada, atendendo àquilo que o examinador indagou.
2. Tenha alguns fechos e entradas na cabeça, para os início e final de sua fala (na tribuna) ou para concluir alguns temas mais cobrados em concurso. Se você for indagado sobre aquele ponto, já saberá como introduzi-lo e dar o fecho ao comentar o tema.
3. Use “ganchos”, sempre com o cuidado para evitar chocar o examinador. Uma prova oral ou de tribuna não é o local adequado para arroubos, novidades ou espetáculos.
4. Tenha sempre em mente algumas frases de efeito, de personagens ilustres. Encaixe-as na matéria. Em concursos jurídicos, brocardos latinos continuam sendo interessantes para mencionar-se.
5. Conheça algumas histórias interessantes, inclusive fatos da história específica de seu ramo de conhecimento (Direito, Administração, Economia, etc.). Piadas em concursos, nem pensar.
6. Leia a história da humanidade e de suas grandes personalidades, pois são uma fonte inesgotável de ensinamentos. Inevitavelmente você encontrará situações semelhantes ou hipóteses em que o exemplo de algum personagem da História pode ser útil e enriquecedor.
7. Sem exagerar, faça o examinador visualizar imagens, citando exemplos. É claro que você só deve citar exemplos que sabe serem pertinentes e, de preferência, simples, para não permitir muitas variações ou hipóteses (a menos que você as conheça todas).
Trabalhe com a emoção de modo subliminar e sem exageros. Para isso, mostre sensibilidade. Narre os exemplos e hipóteses de modo a facilitar ao examinador a construção mental de um quadro ou filme onde possa ver aquilo que você quer que ele veja.
Evite referências pessoais ao examinador. Assim, se quiser criar um clima de empatia, cite uma outra pessoa ou um caso hipotético. Evite citar exemplos com pessoas conhecidas ou famosas. Empreste aos fatos a sua opinião, mas balize-a, fundamentando-a em fontes de autoridade reconhecidas. Não diga “eu acho”, diga “eu entendo”.
8. Mude as pessoas de lugar. Este recurso deve ser usado com muita cautela, pois se você fizer alguma referência ao examinador, ele pode melindrar-se. Da mesma forma, evite riscos desnecessários com citações pessoais delicadas. Ex. “Se eu matasse alguém, ilustre examinador, jamais confessaria!”: Se for o caso, cite sua experiência profissional.
9. Para obter 100% de retorno, saiba que este percentual é dividido entre argumentos técnicos, práticos e emotivos. Os argumentos técnicos e práticos são necessários, obviamente, e quanto aos emotivos, faça uso da sensibilidade.
10. O ser humano adora a variação. Varie sua voz, quanto às tonalidade e intensidade, fale um pouco mais baixo de vez em quando. Aumente um pouco o tom em determinados pontos. Faça pausas, respire um pouco mais profundamente, repita as frases mais importantes, mesmo logo após dizê-las. Crie emoção, variação, graça.
11. Credibilidade. Como já disse, utilize estudos, bibliografia, estatísticas, pesquisas e fontes de autoridade.
12. Ao citar a própria experiência, evite parecer vaidoso ou querer aparecer. Muito cuidado com exemplos pessoais. Ao citar casos em que já atuou, seja técnico, não se deixe levar por eventual parcialidade.
13. Mantenha a autoconsciência, que significa saber o que está dizendo e como. Essa invejável situação de autocontrole e conhecimento será alcançada depois de um certo treino e ao adquirir-se o costume de falar em público.
14. Cuide de sua apresentação pessoal, que tem profunda relação com a comunicação não-verbal.
15. Seja você mesmo. Não tente ser a pessoa que você não é. Nada mais forte em um orador do que ser ele mesmo.
William Douglas
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